Seating Insights

O joystick funcionar não chega

Ter mobilidade é muito mais do que “ir de um lado para o outro”. É explorar. É participar. É fazer parte.

Para muitas pessoas, as cadeiras de rodas elétricas podem ser essa liberdade.

 

A forma de condução mais comum?

Um comando com joystick manual — aplicado como prolongamento do apoio de braço. Funciona bem em muitos casos.

Mas… será suficiente?

 

Pensar. Pensar “à frente”.

Uma vez, numa apresentação sobre cadeiras de rodas elétricas, alguém falava sobre comandos de condução:

“Se a pessoa consegue conduzir com o comando standard de mão, não avaliamos comandos especiais. Se não consegue, avançamos para comandos especiais.”

Nop. Não concordo. Nada.

A condução deve ser o mais eficiente possível.

Devemos encontrar a solução que seja prática e funcional e que permita a pessoa conduzir mais tempo sem entrar em fadiga, mais tempo sem sentir desconforto.

 

Eficiência. Mais participação.

Desempenhar determinada tarefa com o mínimo gasto energético. É assim que deve ser a condução de cadeira de rodas elétrica.

Muitas vezes o comando standard é eficaz. Mas será o mais eficiente?

Tornar a condução mais eficiente pode ser simplesmente alterar a posição do comando. Considerar diferentes opções de condução não implica necessariamente um comando especial.

Na linha média conseguimos gerar e manter mais força com menor gasto energético. Experimente segurar uma mochila junto ao tronco, ou segurar com o braço “aberto”.

Algumas pessoas com perda de força muscular necessitam desse tipo de adaptação: colocar o comando mais ao centro. Não conseguem de outra forma. Outras até conseguem, mas ao centro a condução pode torna-se mais eficiente.

 

Exemplo:

O Telmo tem limitação na extensão do cotovelo e força reduzida. Com o joystick mais perto da linha média, passou a conduzir sem dificuldade. Uma pequena mudança. Um grande impacto.

Hoje em dia, existem suportes e “hardwares” que nos permitem colocar o comando onde for mais funcional — à frente do corpo, ao lado, mais acima ou mais abaixo. Onde funcionar melhor.

Por exemplo, o Paulo, conduz com o pé.

O que podemos adaptar mais?

Nem todas as mãos conseguem preensão fina. Há quem tenha mais controlo com a palma da mão por exemplo.

Podemos aplicar diferentes joysticks.

Existem joysticks com diferentes formas, tamanhos e sensibilidades — para que cada pessoa encontre o mais adequado ao seu controlo motor e sensibilidade.

E se houver tremor? Ou movimentos involuntários?

Algumas cadeiras de rodas elétricas têm sistemas eletrónicos mais avançados.

Permitem ajustar:

  • A sensibilidade do joystick .
  • A área ativa de movimento.
  • Diminuição do efeito de tremor na resposta do joystick.

Tudo para tornar a condução mais suave, mais precisa, mais controlada.

 

Um comando standard com joystick pode ser adaptado.

Muitas vezes, uma pequena mudança faz toda a diferença:

  • Nova posição
  • Novo tipo de joystick
  • Nova programação

Com isso, a pessoa ganha conforto, segurança, autonomia.

Ganha mobilidade e participação.

 

Fale connosco

Na próxima newsletter, vamos mais longe. Falaremos sobre os comandos especiais.

Por agora, fica este “insight”:

  • Pensar sempre em condução mais eficiente,
  • Pensar em outras formas de condução não implica necessariamente comando especial.

Se já passou por desafios semelhantes ou tem dúvidas sobre soluções para condução fale connosco.

Vamos impactar vidas, uma de cada vez.

Se quiser agendar uma avaliação ou uma conversa, envie-nos um email para geral@tsimetria.com.

Se quiserem, dêem-nos feedback! Queremos sempre melhorar.

 

Abraço e até já,
Joao Aires, TemperSimetria.